quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O OLHAR

A riqueza da vida está nos olhos de quem sabe apreciá-la.
O OLHAR que sabe avaliar, amar, respeitar, que envelhece com o decorrer do tempo, mas não com a alma que adquiriu a sabedoria.
Saber OLHAR o hoje é a garantia que você sabe valorizar tudo que o cerca, é caminhar com a certeza de que realmente OLHA o mundo que vive.
É sentar sob a sombra de uma árvore e saber que ela é única, que seu mundo a preservou e que as gerações futuras ainda poderão vê-la, “Antes que o Mundo Acabe"

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

COOPEROSTRA

Depois de oito anos de luta, moradores de uma pequena comunidade quilombola da Cananéia, litoral sul de São Paulo, começam 2003 com uma nova perspectiva de desenvolvimento e conservação. Em seus últimos dias como presidente da República, Fernando Henrique Cardoso decretou, em 13 de dezembro, a criação da Reserva Extrativista do Mandira, primeira do tipo no Estado. Com isso, o controle e a responsabilidade sobre os recursos naturais da região - um importante berçário de peixes, ostras e crustáceos - passa para as mãos da própria comunidade, que há séculos depende deles para sobreviver.

Com 1.175 hectares, a reserva é formada principalmente por ecossistemas estuarinos e de manguezal, em uma região conhecida pela sua produção de ostras e caranguejos. "A área é uma das de maior produtividade biológica da região", afirma a pesquisadora Wanda Maldonado, da Fundação Florestal da Secretaria de Meio Ambiente do Estado. "As lagunas e manguezais funcionam como um berçário do Atlântico, proporcionando alimentação e abrigo para inúmeras espécies marinhas nas fases de reprodução e crescimento, além de garantir a sobrevivência de centenas de pescadores artesanais."

As reservas extrativistas, ou Resex, são baseadas em um modelo criado por Chico Mendes entre os seringueiros da Amazônia, nos anos 80. Com base na exploração sustentável dos recursos naturais, a idéia é promover a conservação ambiental por meio do desenvolvimento social, transformando a preservação em um negócio lucrativo para as populações tradicionais. Isso requer investimentos em infra-estrutura, pesquisas biológicas e de mercado, o que vem sendo feito pela comunidade do Mandira em parceria com a Fundação Florestal e o Instituto de Pesca da Secretaria da Agricultura e Abastecimento.

Um dos principais problemas enfrentados pelas Resex, que já somam mais de 20 no País, é a comercialização dos produtos naturais produzidos na reserva.
Nesse aspecto, entretanto, a comunidade do Mandira, com mais de cem pessoas, está bem adiantada. A Cooperativa dos Produtores de Ostras da Cananéia (Cooperostra) organiza a extração e comercialização do molusco desde 1994.
Além de preservar o manguezal, coibiu a clandestinidade e dobrou o rendimento dos extrativistas. O projeto foi recentemente premiado na Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Rio +10) como modelo de desenvolvimento sustentável em países equatorianos.

O trabalho da cooperativa, que envolve dez bairros da região, faz parte de um plano maior, chamado Projeto de Ordenamento da Exploração de Ostras do Mangue no Estuário da Cananéia. "A reserva vai servir de núcleo para todo o processo de ordenamento e desenvolvimento da região", diz o antropólogo Renato José Rivaben de Sales, ex-gerente de desenvolvimento sustentável da Fundação Florestal e um dos idealizadores da proposta de criação da Resex, em 1994, pelo Núcleo de Apoio à Pesquisa Sobre Populações Humanas em Áreas Úmidas Brasileiras (Nupaub-USP).

O projeto ficou "encalhado" por oito anos por causa de complicações burocráticas entre órgãos federais e estaduais.
Gestão - Segundo a pesquisadora Ingrid Cabral Machado, do Instituto de Pesca, a Resex é "o melhor veículo para implantação dos modelos de gestão" previstos no projeto regional. "A comunidade pode utilizar os recursos dentro de um plano de manejo, limitando o acesso da maneira que for mais conveniente para o grupo." Sempre com a orientação e consultoria técnica dos órgãos públicos e sociais. A Resex será administrada pelo Ibama, em parceria com um conselho de gestão formado por representantes da comunidade, ONGs e institutos estaduais e municipais.

FANDANGO

Fandango caiçara
No litoral do Paraná e de São Paulo, o fandango é um gênero musical e coreográfico fortemente associado ao modo de vida da população caiçara. Sua prática sempre esteve vinculada à organização de trabalhos coletivos - mutirões, puxirões ou pixiruns - nos roçados, nas colheitas, nas puxadas de rede ou na construção de benfeitorias, onde o organizador oferecia, como pagamento aos ajudantes voluntários, um fandango, espécie de baile com comida farta. Para além dos mutirões, o fandango era a principal diversão e momento de socialização das comunidades caiçaras, estando presente em diversas festas religiosas, batizados, casamentos e, especialmente, no carnaval, quando os quatro dias de festa eram realizados ao som dos instrumentos do fandango.
O fandango caiçara possui uma estrutura bastante complexa, envolvendo diversas formas de execução de instrumentos musicais, melodias, versos e coreografias. A formação instrumental básica do fandango normalmente é composta por dois tocadores de viola, que cantam as melodias em intervalos de terças, um tocador de rabeca, chamado de rabequista ou rabequeiro, e um tocador de adufo ou adufe. Cada forma musical, definida pelos mestres violeiros, é chamada de marca ou moda, dependendo da região, e possui toques e danças específicas, que se dividem, basicamente, em duas categorias: os valsados ou bailados - dançados em pares por homens e mulheres, com ou sem coreografias específicas - e os batidos ou rufados. Nos batidos, os homens utilizam tamancos feitos de madeira resistente, como canela ou laranjeira, intercalando palmas e tamanqueando no assoalho de madeira, de acordo com a marca ou moda executada.
Por influência açoriana, a comida típica do fandango era o barreado, prato típico preparado a base de carne, toucinho e vários temperos. De preparo demorado, o cozimento leva cerca de 20 horas em fogo brando. Utiliza-se uma panela de barro, sendo que a tampa deve ser vedada, ou barreada de onde vem o nome do prato, com uma mistura de farinha de mandioca, cinzas e água quente. Uma vez pronto o prato é servido num pirão feito com farinha de mandioca, acompanhado de laranja, banana e arroz.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Habitantes

Com uma população de 400 habitantes, moradores tradicionais da Ilha, o Parque conta com uma base operacional no Núcleo Perequê, com hospedaria para 72 pessoas, refeitório, centro de visitantes, auditório, casas para pesquisadores e laboratórios. É desse Núcleo Perequê,que os visitantes saem para as trilhas do Poço das Antas, do Morro das Almas, do Mangue, do Sambaqui, sempre acompanhados de monitores.
      A Vila de Marujá também é outra atração turística. Possui 150 habitantes que sobrevivem da pesca ou do turismo. De lá, o visitante pode caminhar até as praias do Marujá, Enseada da Baleia, Camboriú, Pontal do Leste e Ipanema. Para quem gosta de cachoeiras, o visitante têm à disposição a Cachoeira Grande, Camboriú, Serra e Ipanema. Em algumas praias, vivem comunidades tradicionais de pescadores, que oferecem pousada e refeições.

É O BERÇARIO DOS OCEANOS, SÃO AMBIENTES MUITO ESPECIAIS ONDE A MISTURA DAS AGUAS DOCE DOS RIOS E SALGADA DO MAR CRIA UMA VEGETAÇÃO DIFERENCIADA POR ESPECIES E UMA FAUNA RICA.

Sobre a Ilha


Existem seis comunidades caiçaras no Parque. Com forte influência cultural indígena, desenvolveram um apurado conhecimento da natureza. São formadas em sua maioria por pescadores que, atualmente, têm o turismo como fonte substancial de renda.

São encontrados numerosos sambaquis (sítios arqueológicos), ruínas da ocupação humana a partir do período colonial e um marco do tratado de Tordesilhas, que também garantem grande importância histórica ao Parque.

  

Biodiversidade ,Ilha do Cardoso

\Os costões rochosos e as dunas podem ser vistos na face da ilha que recebe as águas do oceano, onde se encontram as praias do Itacuruçá, Ipanema, Cambriú, Fole Pequeno, Foles, Lages e Marujá.
Os manguezais se formam no Canal do Ararapira e na Baía de Trapandé, na face ocidental da ilha. Além disso, uma extensa restinga cobre a maior parte da planície litorânea da Ilha.
Um dos mais  
portantes criadouros de espécies marinhas do Atlântico Sul, o Parque Estadual da Ilha do Cardoso, integrado ao complexo estuarino lagunar de Iguape-Cananéia-Ilha Comprida, no litoral sul de São Paulo, têm merecido especial atenção por parte da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que lá desenvolve, através do Instituto Florestal, um plano modelo de Gestão Ambiental. Elaborado com a participação direta dos moradores tradicionais da Ilha, o plano de manejo, criado em 1997, esta na segunda fase,que irá detalhar as